Como diria Bukowski sobre a melancolia
Digo eu sobre a poesia, e melhor ainda
O meu amigo Davi enquanto trabalha,
Enquanto vive, olha para o mar e
Talvez sorri, canta e dança com seu violão.
O medo sim inclui a todos nós.
E Davi Jardim, o maior poeta
A surfar no litoral gaúcho dispara:
“A maior lamúria é a sensação de impotência”,
Concordo e chuto outra pedra:
“Eles não sabem de nada,
Nós é que somos os caras”.
Por cima da onda, descendo de peito
Sobre a prancha gritando para mim
Que estou sentado na areia
Ele diz: “Nós é que somos os caras”!
E sou capaz de ver aquele mar,
Uma vez marrom e agora azul;
O sol molhando as nossas costas
De luz brindando a eternidade
Enquanto todos fazem aquilo
Que tem que fazer e a gente fica ali:
Escrevendo poesia.
. . . . . . Algumas pessoas nunca enlouquecem, que droga de vida elas devem levar...
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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Gotas de água descendo nas lajotas do banheiro
Suor pelo corpo, espirros, umidade, poeira.
Música em algum lugar; o ventilador
Sopra ar abafado.
Cartas nas mãos dos sábios,
Dos tolos, sorrisos falsos,
Todos querem ganhar.
Tudo dentro de um quarto,
De uma casa, de uma rua, de uma cidade,
Estado, país, planeta, mundo.
Minha mente fora disso escorre
Para dentro; feito as gotas de água
Descendo as lajotas do banheiro.
Desligo o chuveiro, ligo meu coração,
E respiro profundamente a beleza de
Cada momento ao lado dela,
Como um tolo jogador de cartas,
Viciado pela a posta, muito mais
Do que pela vida.
Dar uma chance para o amor
É quase isso, muito coisa é quase isso.
Então, como eu sei?
Sei disso tanto quanto sei do azul.
Vibram cores, cantam sabores,
Embebedam-se os poemas e dormem
Os poetas apaixonados.
Se é que existem poetas que não sentem
Todos os prazeres, todas as dores, todos
Os sentimentos possíveis e muito mais.
Feito anjos, não sei se existem poetas,
Verdadeiros poetas, que não possam
Falar e tocar Deus enquanto escrevem
Sobre aquilo que estão lembrando,
Sendo, prevendo... Ou seria, nadando
Em areia transparente?
Música em algum lugar; o ventilador
Sopra ar abafado.
Cartas nas mãos dos sábios,
Dos tolos, sorrisos falsos,
Todos querem ganhar.
Tudo dentro de um quarto,
De uma casa, de uma rua, de uma cidade,
Estado, país, planeta, mundo.
Minha mente fora disso escorre
Para dentro; feito as gotas de água
Descendo as lajotas do banheiro.
Desligo o chuveiro, ligo meu coração,
E respiro profundamente a beleza de
Cada momento ao lado dela,
Como um tolo jogador de cartas,
Viciado pela a posta, muito mais
Do que pela vida.
Dar uma chance para o amor
É quase isso, muito coisa é quase isso.
Então, como eu sei?
Sei disso tanto quanto sei do azul.
Vibram cores, cantam sabores,
Embebedam-se os poemas e dormem
Os poetas apaixonados.
Se é que existem poetas que não sentem
Todos os prazeres, todas as dores, todos
Os sentimentos possíveis e muito mais.
Feito anjos, não sei se existem poetas,
Verdadeiros poetas, que não possam
Falar e tocar Deus enquanto escrevem
Sobre aquilo que estão lembrando,
Sendo, prevendo... Ou seria, nadando
Em areia transparente?
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